Planejamento Estratégico: 4 Tendências para o Futuro

Planejar o futuro das organizações nunca foi uma tarefa fácil. Em um ambiente em que as tecnologias avançam mais rápido do que gostaríamos, isso se torna ainda mais desafiador. Com isso, aquelas organizações que não adotarem novas práticas para auxiliar no seu planejamento, inevitavelmente irão cair em uma curva de declínio rumo ao fracasso.

É por isso que nesse artigo nós vamos apresentar 4 tendências que podem e devem ser incluídas no Planejamento Estratégico, para que esse processo se torne cada vez mais um processo que olhe mais para o futuro e menos para o passado.

1 - Agilidade

A primeira grande tendência que deve ser trazida para dentro do Planejamento Estratégico são as práticas ágeis.

Até o final da década passada poderíamos dizer que adotar práticas ágeis era uma escolha. Hoje, é uma obrigação.

Afinal, as organizações que não conseguem se adaptar as mudanças tecnológicas, comportamentais e culturais que acontecem no dia a dia, dificilmente conseguirão sobreviver. A facilidade de criar novos produtos e serviços está tão facilitada, devido a proliferação das tecnologias de informação e comunicação, que as organizações podem se tornar obsoletas da noite para o dia. E a única forma de se salvar desse desfecho dramático é a agilidade.

Nesse sentido, a adoção de práticas ágeis devem envolver não apenas métodos, ferramentas e processos para tornar o Planejamento Estratégico mais flexível, mas também uma mudança de mentalidade. Para isso, as lideranças das organizações precisam quebrar a resistência de achar que ter mais flexibilidade significa ter menos controle.

2 - Ferramentas Visuais

A outra tendência que precisa ser incluída no processo de Planejamento Estratégico, são as chamadas ferramentas visuais. Ou como muitos chamam, ferramentas canvas.

As ferramentas canvas são mapas mentais pré-formatados que ajudam executivos, gestores e empreendedores a responder questionamentos estratégicos. Isso faz com que o desenho e o planejamento de estratégias se tornem inevitavelmente mais ágeis, pois as pessoas que usam essas ferramentas acabam se focando mais nas questões que realmente importam para o negócio, deixando de lado questionamentos irrelevantes.

Além disso, as ferramentas canvas aumentam demais a colaboração entre os seus usuários, fazendo assim que o pensamento estratégico não fique restrito apenas a poucas pessoas. E com mais colaboração, a criatividade tende a aumentar, fazendo assim que as chances de inovação aumentem também.

Existem várias ferramentas canvas que aceleram o pensamento estratégico. Porém, as mais famosas são o Business Model Canvas, que ajuda na elaboração de Modelos de Negócios, e o Strategic Model Canvas, que ajuda na elaboração do Planejamento Estratégico.

3 - Inteligência Artificial

A terceira tendência que já precisa começar a ser incluída no Planejamento Estratégico é a Inteligência Artificial.

Assim como as ferramentas canvas ajudam seus usuários a responder questionamentos estratégicos, as Inteligências Artificiais também podem ajudar, só que de uma forma diferente.

Enquanto as ferramentas canvas já possuem questionamentos estratégicos pré-formatados, as Inteligências Artificiais podem ser utilizadas como suporte para enriquecer os diálogos estratégicos.

Ou seja, as pessoas envolvidas no processo estratégico podem fazer sessões de brainstorming com o auxílio de uma ferramenta de Inteligência Artificial, onde os envolvidos podem levantar uma série de questões para "conversar" com a máquina. Isso só demonstra que para ter um Planejamento Estratégico mais rico, o mais importante não é saber as respostas, mas sim saber fazer as perguntas corretas.

4 - Data Science

Por fim, a última tendência que com certeza deve ser incluída no Planejamento Estratégico é o Data Science.

O Data Science é uma prática que aplica o método científico na análise e interpretação de dados do negócio para auxiliar executivos e gestores a tomarem decisões estratégicas que causem mais impacto para o negócio.

Essa área cresceu muito nos últimos anos, devido ao grande volume de dados que as organizações passaram a armazenar. Assim, as organizações que aplicam o data science são aquelas que conseguem usar os dados para inovar em seus produtos, processos e na sua estratégia.

Isso pode parecer um tanto óbvio, já que fazer um Planejamento Estratégico baseado em dados é algo que sempre existiu. Porém, a forma de buscar e tratar os dados atualmente são totalmente diferentes. Antes, os dados funcionavam como um retrovisor, onde se presumia que conhecer o passado era uma garantia para adivinhar o futuro. Com o data science, os dados são usados para olhar para a dianteira, tentando prever movimentos de mercado com muito mais assertividade. Isso, para aquelas organizações que conseguem aplicar essa prática, as fazem ter um diferencial competitivo enorme.

Concluindo...

No final, nós podemos resumir que o Planejamento Estratégico precisa ser uma prática que permita que executivos, gestores e empreendedores mantenham os olhos no presente, mas sem perder de vista o futuro. Nesse sentido, a ideia de usar práticas do passado dentro desse processo é um sinal de que as pessoas querem manter as coisas como estão. E isso, é extremamente perigoso.

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