Desafios do Planejamento Estratégico: Como superá-los?

O Planejamento Estratégico ainda é o processo mais utilizado pelas organizações para crescer e inovar. Mesmo assim, executivos, gestores e empreendedores ainda enfrentam inúmeros desafios para fazer com que esse processo traga resultados para o negócio. E isso faz com que muitos o abandonem ou o vejam como uma simples burocracia.

É por isso que nesse artigo nós vamos apresentar os resultados de uma pesquisa global realizada sobre planejamento estratégico, onde são destacados os principais desafios que as organizações enfrentam e como elas podem superá-los. Ao final desse artigo, você verá como você pode fazer parte de um grupo seleto de profissionais, que sabe a maneira mais moderna de planejar o futuro das organizações.

Quais os principais desafios do Planejamento Estratégico atualmente?

Uma pesquisa realizada pela Global Planning Survey, avaliou como as empresas em diferentes países do mundo fazem seu Planejamento Estratégico nos dias atuais. Os dados revelaram que a maioria das empresas ainda usa ferramentas, métodos e práticas do século passado para conduzir esse processo. Veja os principais dados da pesquisa:

Com base nesses dados, podemos destacar aqui que as organizações possuem dois grandes desafios a serem superados: o uso do excel como ferramenta de Planejamento e a incapacidade de tornar o planejamento mais ágil.

1 - O uso do excel como ferramenta de Planejamento

Como podemos ver, 100% das empresas que responderam a pesquisa relataram usar planilhas de excel para conduzir o processo de Planejamento Estratégico. E isso é simplesmente assustador.

Se o excel fosse usado apenas como ferramenta de suporte, isso não seria um problema. Mas não é isso que acontece. As pessoas usam o excel como ferramenta de pensamento estratégico. Elas cadastram ali suas ideias, ações, projetos, metas e todos os tipos de informações necessárias para executar a estratégia da empresa. Ou seja, ao invés das organizações tornarem o processo de longo prazo mais importante que existe dentro delas em algo criativo e colaborativo, elas tornam esse processo em uma burocracia estúpida que não leva ninguém a lugar nenhum.

Organizações que fazem isso, na verdade, nem acreditam no Planejamento Estratégico como um instrumento de inovação. Elas acham que a inovação é um acidente, e não um processo sistemático. E elas pensam assim porque elas não querem mudar. Elas distorcem completamente o conceito de Kaizen (melhoria contínua e aos poucos) - elas melhoram coisas pontuais, não para evoluir aos poucos, mas sim para manter as coisas como estão. Tudo não passa de um grande teatro para se manter no mesmo lugar.

E assim, para essas organizações, o Planejamento Estratégico vira um instrumento sofisticado de teimosia, pois as lideranças das organizações começam a acreditar nas próprias mentiras que elas contam para si mesmas. A mentira que eles estão mudando, que estão crescendo e que estão de olho no futuro.

Em outras palavras, o uso excessivo do excel no Planejamento Estratégico é apenas um símbolo de como as organizações enxergam esse processo - mais como uma burocracia do que como um instrumento de inovação.

2 - Incapacidade de tornar o Planejamento Estratégico mais Ágil

Já o segundo dado impactante da pesquisa vem da forma como as pessoas conduzem o Planejamento Estratégico. A pesquisa revela que apenas 16% das empresas conseguem dominar a arte de tornar o planejamento mais ágil.

Esse número também acaba sendo muito revelador, já que ele demonstra que as organizações ainda estão usando o Planejamento Estratégico como um processo muito rígido e pouco adaptável a mudanças. E no cenário dinâmico que temos nos dias atuais, isso pode acabar sendo fatal.

É por isso que vemos cada vez mais empresas que possuem modelos de negócios mais tradicionais encontrando enormes dificuldades para se manterem vivas. Recentemente, por exemplo, tivemos a notícia que a famosa Tupperware, empresa com 78 anos de vida, que marcou toda uma geração com seus icônicos potes de plástico, entrou com pedido de falência nos EUA.

Muitos dizem que além da Tupperware não ter conseguido manter sua competitividade de preços frente aos produtos chineses, ela também não conseguiu se reposicionar para atender um público mais jovem. No ano passado, a Diretora Executiva, Laurie Ann Goldman, já havia feito um comunicado aos investidores alertando sobre o risco de falência, caso a empresa não conseguisse levantar fundos rapidamente.

Nos últimos anos, a posição financeira da empresa foi severamente impactada por um ambiente macroeconômico desafiador.

Esse comunicado demonstra que a empresa já não sabia mais o que fazer para se manter viva. Estava desesperada por uma ajuda financeira que lhe desse tempo para pensar em como se adaptar a um novo cenário. Mas infelizmente essa ajuda não veio.

Ou seja, a incapacidade de ser ágil fez a Tupperware chegar ao ponto que chegou. Ela se tornou uma empresa obsoleta, incapaz de conseguir se reinventar.

Como superar esses desafios?

A pesquisa sugere que as organizações devem adotar 4 práticas para superar os desafios tradicionais do Planejamento Estratégico:

1 - Faça benchmarks de Planejamento

As organizações precisam olhar com bastante atenção as práticas mais modernas de Planejamento Estratégico que estão sendo sugeridas. O uso de ferramentas visuais como o Business Model Canvas e o Strategic Model Canvas, são bons exemplos disso.

Essas ferramentas permitem que questionamentos estratégicos referentes aos modelos de negócios e as estratégias de negócios, sejam mais direcionados durante os diálogos estratégicos. Afinal, um dos grandes problemas que existe durante as discussões estratégicas é justamente a perda de foco.

2 - Identifique áreas de crescimento

O segundo ponto destacado pela pesquisa é a necessidade de saber separar eficiência e crescimento. Na verdade, o conceito mais moderno sugere que as empresas sejam ambidestras - elas precisam ter o olhar no presente e no futuro ao mesmo tempo.

Para isso, as empresas precisam saber onde investir e como. Uma boa prática para isso é a implantação de Escritórios de Projetos, já que essas áreas são as responsáveis por dizer quais projetos podem trazer mais retorno para as organizações. Além disso, as empresas precisam enxergar os projetos como fontes de geração de valor, e não apenas como peças orçamentárias que precisam ser entregues dentro do prazo.

3 - Abrace o Planejamento Ágil

O terceiro ponto que a pesquisa sugere é criar mecanismos para que as organizações possam tornar seus planejamentos mais flexíveis.

Como já vimos anteriormente, o Planejamento Ágil é a forma mais correta de uma organização conseguir reagir as mudanças de mercado com rapidez. Porém, não basta apenas mudar a forma de planejar. As organizações precisam ser estruturadas para se tornarem organizações ágeis. Somente assim elas poderão criar um ambiente favorável para que a agilidade do planejamento ocorra.

4 - Potencialize o planejamento contínuo

Por fim, a pesquisa sugere que o planejamento não pode ser um esforço pontual, como se fosse um ritual agendado no calendário onde presume-se que o futuro será muito parecido com o passado, ele precisa ser um esfoço constante.

Além disso, a pesquisa ainda sugere que as organizações precisam adotar e padronizar modelos de Planejamento Estratégico até que elas achem o método que mais funciona para elas. Porém, a estrada até essa descoberta pode se tornar muito custosa. Por isso, é importante adotar métodos já testados de Planejamento Estratégico Ágil, pois isso tornará o caminho das organizações bem menos turbulento.

Concluindo...

Empresas como a Tupperware não se tornam obsoletas devido a seus produtos, elas se tornam obsoletas devido as suas práticas e a sua forma de pensar. Sendo assim, se a empresa não conseguir trazer práticas modernas para o principal processo de longo prazo que ela possui - o Planejamento Estratégico - é só uma questão de tempo para ela deixar de existir. Em outras palavras, a agilidade é o único caminho para superar os desafios impostos pelo mercado nos dias atuais.

É por isso que quero fazer um convite para você conhecer o nosso curso Formação em Planejamento Estratégico Ágil. Nesse curso, que é o primeiro do Brasil sobre esse tema, você vai aprender uma nova forma de fazer o Planejamento Estratégico que já foi testada em diversas empresas de médio e grande porte.

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