A Gestão de Projetos é sem sombra de dúvidas uma das disciplinas que estarão presentes na vida da maioria dos profissionais do futuro. E o motivo é obvio: as tarefas operacionais estão sendo automatizadas cada vez mais rápido. Ao que tudo indica, a substituição do humano pela máquina não é mais uma questão de "se", mas sim de "quando". E quando isso acontecer, sobrará para nós humanos as tarefas não repetitivas e temporárias, que são justamente as tarefas encontradas em projetos.
Mas como a comunidade de gerenciamento de projetos está lidando com isso? Será que estamos trazendo novas ovelhas para o rebanho ou estamos apenas pregando para os que já são convertidos?
São essas perguntas que vou tentar responder nesse artigo.
Olhando no retrovisor...
Olhando em retrospecto, gosto de dizer que a disciplina de gerenciamento de projetos passou por 3 grandes fases: Conscientização, Organização e Adaptação.
A Fase da Conscientização
Essa primeira fase foi marcada pelos primórdios da disciplina de gerenciamento de projetos, onde algumas pessoas foram tentando identificar as práticas que eram adotadas em grandes projetos, com o intuito de gerar uma consciência nas organizações de que o melhor caminho para a evolução era que elas se passassem a se organizar por meio de projetos.
Vale lembrar que estávamos em uma época onde a produção em massa imperava dentro das empresas, o que fazia com que muitos executivos e gestores torcessem o nariz para os projetos, já que a operação era muito mais importante. Com o tempo, a globalização foi demonstrando a necessidade de lançar novos produtos e serviços. Foi aí que o despertar da consciência de se organizar por meio de projetos passou a valer.
A Fase da Organização
Já no fim do século XX, observando uma consciência muito maior da importância dos projetos dentro das organizações, os teóricos da disciplina de gerenciamento de projetos começaram a se organizar em comunidades. Essas comunidades foram crescendo de tal forma que o Gerente de Projetos virou de fato uma profissão.
Nesse momento, houve uma popularização enorme da disciplina de gerenciamento de projetos em todo o mundo, especialmente entre profissionais das áreas de Engenharia, TI e Administração. O Gerente de Projetos passou a ser uma profissão cobiçada e extremamente bem remunerada.
A Fase de Adaptação
Mas com o surgimento das metodologias ágeis, a disciplina de gerenciamento de projetos, que ainda se baseava muito em processos de stage-gate trazidos das engenharias de produto, teve que se adaptar para abranger projetos e profissionais que cresceram em uma geração distinta da geração que criou a disciplina de gerenciamento de projetos.
Esses novos profissionais queriam algo mais flexível, sem muita burocracia e hierarquia, já que seus projetos demandavam um dinamismo e uma velocidade que projetos de engenharia pesada não demandavam. Eram os millennials entrando de vez no mundo do gerenciamento de projetos.
Com isso, foram criadas novas abordagens e práticas, que ficaram mais conhecidas como metodologias ágeis. E nos últimos anos, a discussão tem sido muito focada nisso - em comparar o tradicional com o ágil.
Mas será que isso já não basta? Será que essa discussão vai ser a pauta no futuro? Eu acredito que não.
Então, qual será a próxima fase?
Fiz todo esse preâmbulo para falar que muito provavelmente estamos entrando em uma nova fase. Chamo essa fase de Popularização.
Nessa fase, a comunidade de gerenciamento de projetos não pode mais perder tempo em ficar discutindo questões que estão apenas dentro da sua bolha, como por exemplo, essa famosa guerra entre métodos tradicionais e métodos ágeis. Se ficarmos nessa discussão, veremos com cada vez mais frequência empreendimentos e ideias incríveis falharem miseravelmente por erros elementares sobre os conceitos mais básicos de gerenciamento de projetos. Isso será lamentável, mas será culpa de toda a comunidade de gerenciamento de projetos.
Os profissionais do futuro não precisam dessas discussões dicotômicas. Esses profissionais provavelmente vão precisar usar o gerenciamento de projetos como uma atividade rotineira em suas vidas, pois como falei no início, os projetos serão os únicos trabalhos que sobrarão para nós seres humanos no futuro.
Em outras palavras, chegou a hora do gerenciamento de projetos deixar de ser uma coisa de nicho.
Sendo assim, faço aqui uma conclamação para que a comunidade de gerenciamento de projetos reflita sobre como ela está difundindo o gerenciamento de projetos para as pessoas. Por isso, proponho humildemente aqui algumas diretrizes para que consigamos levar o gerenciamento de projetos para dentro da vida dos profissionais do futuro. São elas:
Menos teorias, e mais ferramentas;
Menos processos, e mais práticas;
Menos procedimentos, e mais métodos;
Menos padrões, e mais habilidades.
Concluindo...
Se você acredita nessa nova Gestão de Projetos, acesse esse link e veja como você pode usar o gerenciamento de projetos de uma forma muito mais prática. A sua visão sobre gestão de projetos com certeza vai mudar bastante. E se você gostar desse novo jeito, seja um agente de multiplicação! Fica aqui o convite para que você faça parte dessa transformação e se torne um Gerente de Projetos do futuro.