A Netflix é uma daquelas empresas que não só mudaram a vida das pessoas, mas também a vida das empresas. Algumas lições que a Netflix implementou servem de case de sucesso para qualquer profissional de gestão, especialmente aqueles que enxergam a inovação como uma questão estratégica.
Nesse artigo, vamos citar 3 princípios que a Netflix adota para criar uma verdadeira cultura de inovação. Vamos a eles.
Lição 1: Big Data é poderoso mas Big Ideas é transformacional
A Netflix é um monstro tecnológico quando se fala em analytics, algoritmos e streaming. Mas todo esse poder de inovação se baseia na seguinte premissa: a plataforma deve ser construída com base em o que o cliente quer assistir e não como ele quer assistir. Ou seja, a Netflix não tem como objetivo usar a base de dados sobre o comportamento dos seus usuários para trazer mais comodidade a eles, como quais horários ele gosta de assistir alguma coisa. A Netflix se preocupa em sugerir conteúdos que o usuário irá amar. Assim, a Netflix entende que os dados devem servir para criar grandes ideias e gerar novos insights. Foi com base na análise de dados dos seus usuários que a Netflix conseguiu popularizar o conceito de binge watching (maratonistas de séries) e passou a lançar séries com todos os episódios da temporada de uma só vez, algo que até então ninguém fazia.
Lição 2: Para causar uma disrupção na indústria você deve fazer uma disrupção em si mesmo
A Netlix de fato cumpre o que promete, especialmente quando se fala em fazer uma disrupção em si próprio. Em 20 anos de existência pode-se dizer que a Netflix fez 3 grandes disrupções. Primeiro, esmagou a Blockbuster quando começou a enviar DVDs pelo correio. Depois, fez outra disrupção indo para o mercado de streaming, se tornando a empresa com maior tráfego dos EUA. Hoje, em sua terceira disrupção, a Netflix é uma das maiores criadoras de conteúdo original do mundo, e não apenas uma distribuidora de conteúdos como era no início.
Isso mostra que a Netflix não tem medo do novo. Ela não tem medo de jogar fora algo que já foi feito, por mais bem sucedido que esse algo tenha sido. E isso se difere muito da maioria das empresas, inclusive da sua primeira grande concorrente - a gigante Blockbuster. Ao contrário da Netflix, a Blockbuster se apegou ao modelo tradicional de aluguel de filmes em locadoras e acabou indo a falência.
Lição 3: Estratégia é cultura e cultura é estratégia
A Netflix reinventou algumas práticas organizacionais fazendo uma conexão entre o lugar de mercado e o lugar de trabalho que a empresa quer alcançar. Ao invés de escrever valores vagos, a empresa premia as pessoas mais pelos seus comportamentos e atitudes de trazer novas ideias do que apenas pelos seus resultados.
Isso também se difere muito do que as empresas mais tradicionais fazem, que acabam inserindo lindas palavras na parede, mas que na prática acabam não representando nada.
Na Netflix o colaborador sabe exatamente o que ele tem que fazer para crescer na empresa. Com isso, ela demonstra que inovação é uma questão cultural e essa cultura deve ser disseminada pelos seus líderes de forma estratégica. Logo, toda tomada de decisão feita pelas suas lideranças, seja ela quanto a promoção de colaboradores, projetos a serem priorizados ou metas a serem seguidas, devem sempre ter como referência os valores da empresa, e não aspectos subjetivos e individuais de cada líder.
Concluindo...
Nessa era que vivemos onde a inovação virou uma ótima palavra para se encaixar em frases de efeito, a Netflix demonstra que inovar não é apenas uma questão de aparência, mas sim de crença. A empresa realmente acredita que para se manter competitiva ela precisa estar sempre tentando novas formas de fazer as coisas. E a participação de todos os colaboradores é fundamental nessa equação, criando assim um forte cultura de inovação.
Então se você quiser saber em mais detalhes sobre outras práticas de inovação que a Netflix adota, venha conhecer o nosso curso O Jeito Netflix de Inovar. Você verá que a Netflix não mudou toda industria de entretenimento apenas por acaso.