Super Apps: O Futuro na Palma da Mão
- Alium

- 20 de mai.
- 3 min de leitura
Sabe aquele sonho de resolver a vida inteira em um único aplicativo? Pedir comida, pagar contas, conversar com os amigos, chamar um táxi, comprar ingresso, fazer transferências, tudo sem sair de um só lugar? Isso já é realidade em muitos lugares do mundo — e tem até nome: Super Apps.
Nesse artigo, vamos entender o que é esse novo conceito e o que está faltando para o Brasil destravar nessa área.
WeChat: O primeiro Super App
O maior exemplo que podemos dar sobre um Super App é o WeChat. O app chinês é praticamente o sistema operacional da China.
Lá, você quase não precisa sair do WeChat para viver. Ele começou como um simples app de mensagens (tipo WhatsApp), mas hoje ele possui muito mais funcionalidades:
Pagar contas e fazer transferências bancárias;
Pedir comida, táxi e até agendar consulta médica;
Usar como carteira digital (sim, muita gente nem anda mais com dinheiro ou cartão);
Comprar em lojas físicas e online;
Resolver burocracias do governo (como agendar documentos ou pagar multas);
E claro, conversar, postar fotos e acompanhar amigos.
É claro que todo esse controle pode trazer resultados sociais preocupantes. Veja quais são eles no vídeo abaixo.
Tirando as questões sociais, imagine se o WhatsApp, o iFood, o Nubank, o Uber, o Instagram e o app do seu banco virassem uma coisa só. Seria prático, não é?
E no Brasil, cadê os Super Apps?
Por aqui, a gente até tem algumas tentativas. Quer ver?
Rappi: além de delivery, já oferece recarga de celular, transferências, games e até serviços financeiros.
Magalu: saiu de loja de eletrônicos e virou um verdadeiro ecossistema digital, com fintech, conteúdo, marketplace e logística própria.
Mercado Livre: cada vez mais integrado, com carteira digital, cartão, investimentos e um ecossistema que facilita a vida do usuário.
iFood: já permite pagar contas, comprar no mercado e até fazer entregas entre pessoas (iFood Entrega).
Apesar disso, nenhum deles chegou perto do nível de integração que o WeChat tem. E existem alguns motivos que explicam isso.
Barreiras para os Super Apps bombarem por aqui:
Regulação e concorrência: no Brasil, cada serviço tem regras próprias e órgãos fiscalizadores diferentes. Isso dificulta demais a integração total dos serviços.
Desconfiança com dados: colocar tudo num lugar só exige confiança total na segurança e privacidade. E nem todo mundo está pronto para isso.
Ecossistemas fragmentados: aqui, os players ainda competem demais entre si, o que dificulta parcerias e integrações mais robustas.
Mas o jogo pode virar…
Com o avanço do PIX, das carteiras digitais, do Open Finance e da popularização de serviços via app, o Brasil tem tudo para acelerar nesse caminho. As pessoas já estão mais abertas a usar apps que vão além da função principal. E com o 5G ganhando força e a vida cada vez mais digital, isso pode ganhar muito mais tração.
Para quem está dentro das organizações que querem fazer isso acontecer, é fundamental que se conheça o conceito de Ecossistemas de Inovação. Por isso, convidamos você a conhecer o nosso curso de Formação em Inovação e Agilidade Estratégica. Nesse curso, você vai aprender absolutamente tudo que você precisa saber (e mais um pouco), sobre Super Apps e Ecossistemas de Inovação.




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