3 Empresas que se Reinventaram e evitaram a Falência
- Alium
- 22 de jul. de 2024
- 4 min de leitura
Muito mais difícil do que ter que inovar é precisar se reinventar. Esse processo é lento, doloroso, cheio de percalços e com uma grande chance de dar errado. Mas em determinados casos não há outra alternativa. Muitas empresas chegam em uma encruzilhada em que ou elas decidem se reinventar ou elas simplesmente deixam de existir.
Nesse artigo, vamos mostrar 3 casos de empresas que conseguiram se reinventar e evitar a falência. Mas antes de começar essa lista, vale a pena olharmos para o outro lado da moeda - o lado das empresas que não conseguiram fazer isso. Veja no vídeo abaixo, 5 exemplos de empresas gigantes que faliram por não inovar.
Voltando para a nossa lista, vamos analisar quais inovações essas empresas precisaram fazer para evitar a falência.
1 - LEGO

A Lego é uma empresa de origem dinamarquesa que foi fundada ainda na década de 1930. Mas foi na década de 1960 que ela começou a se popularizar. Nessa época, a empresa chamou a atenção do público ao criar a chamada Legoland, que nada mais era do que uma cidade em miniatura construída com peças de plástico que se encaixavam umas as outras.
A partir dali, a empresa começou a decolar. A ideia de estimular a imaginação e proporcionar diversão ilimitada para crianças de todas as idades pegou e se tornou um sucesso mundial em pouco tempo. Eles chamavam esse método de LEGO System of Play (Sistema LEGO).
Só que com a chegada dos computadores e dos jogos eletrônicos, especialmente nos anos de 1990, a LEGO se viu em uma situação extremamente perigosa. O seu público-alvo, as crianças, começaram achar os brinquedos da LEGO pouco atraentes, tendo em vista todo o ambiente fantasioso que os jogos de video games lhes davam. Em outras palavras, a LEGO ficou obsoleta aos olhos dos seus consumidores.
A virada só começou a acontecer na primeira década dos anos 2000. Ali, a empresa havia percebido que ela precisava mudar o seu foco e realinhar o seu Propósito. E ao fazer isso, a empresa percebeu que o Sistema LEGO como ele havia sido pensado lá no início, não precisaria ficar limitado apenas as prateleiras de lojas, ele poderia ser multiplicado de diversas formas. Ou seja, a empresa percebeu que ela deveria girar em torno do seu Propósito (Sistema LEGO), e não do seu produto. O seu produto na verdade, era apenas um dos vários meios para difundir o seu Propósito.

Quando a empresa percebeu isso ela conseguiu redesenhar o seu modelo de negócios por completo. Hoje, a empresa usa o Sistema LEGO de diversas formas, como em jogos de aplicativos, competições de criatividade, etc. Com isso, a LEGO cresceu ainda mais, conseguindo novos segmentos de clientes, e expandindo a sua marca para mais de 140 países.
2 - Nintendo

Mas quando falamos de se reinventar, a Nintendo é uma empresa difícil de ser superada. Nascida como uma fabricante de jogo de cartas japonês em 1889, a empresa teve que fazer sua primeira reinvenção no século posterior, quando viu a venda de cartas despencar. Foi assim que na década de 1970, a empresa decidiu entrar no mercado de video games. Mas foi só nos anos de 1980 que a empresa se consolidou nesse mercado.
Depois de um grande sucesso nos anos de 1990, a empresa se viu em dificuldades novamente quando novos competidores entraram nesse mercado, em especial a Sony. Naquele momento, o mercado de games passava por grandes dúvidas, pois não se sabia quais seriam as mídias que iriam se consolidar (cartucho, CD, DVD), tampouco quais dispositivos os usuários iriam preferir (video games ou PCs).
Percebendo que o mercado estava se tornando um oceano vermelho, a Nintendo decidiu achar o seu oceano azul. Assim, a Nintendo se reinventou novamente e decidiu criar uma nova estratégia de negócios se especializando em jogos com movimentos corporais. A ideia foi um sucesso e a Nintendo inaugurou uma nova experiência a seus jogadores, achando assim um posicionamento de mercado onde ainda não havia competidores.
3 - Dell

Fabricar computadores personalizados sempre esteve no DNA da Dell, mesmo quando ela ainda era chamada de PC's Limited. Só que quando a Dell abriu seu capital em 1990, a empresa acabou cometendo um erro que foi quase fatal - ela começou a vender seus computadores em lojas de revenda, abandonando assim a venda direta ao consumidor.
Como a concorrência era muito acirrada, a Dell rapidamente se viu em uma situação muito difícil. Foi aí que a empresa teve que se reinventar. Em 1996, ela lançou o seu e-commerce. E com esse lançamento, a Dell resgatou o seu DNA e voltou a vender computadores direto ao consumidor, só que agora com a ajuda da tecnologia.
Esse novo modelo de negócios da Dell foi um sucesso. Os usuários podiam agora personalizar seus próprios computadores e recebê-los no conforto de suas casas, sem ter que ir a lojas para comprar um computador que já vinha padronizado de fábrica.
Em 1999, a Dell entrou na lista da Fortune 500, passando a ser considerada uma das 500 maiores empresas do mundo. E tudo isso aconteceu porque a Dell desafiou a lógica imposta pela industria, e ao invés de se focar nas funcionalidades dos seus computadores, ela se focou em oferecer uma nova experiência de compra a seus clientes.
Concluindo...
Cada uma das empresas que vimos nesse artigo tiveram que fazer mudanças substanciais em seus negócios, seja por via do Propósito, do seu Modelo de Negócios ou da sua Estratégia de Negócios. Mas existem empresas que precisam fazer mudanças na sua forma de pensar. Esse foi o caso da Apple.
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